cancro_colon.jpg

Um estudo apresentado durante a XXI Reunião Anual do Núcleo de Gastrenterologia dos Hospitais Distritais (NGHD) revelou que numa população de cerca de 1350 indivíduos assintomáticos, mais de 8% apresentavam cancro do cólon ou pólipos de risco com tamanho superior a 1 cm.

Estes dados reafirmam a necessidade da população com mais de 50 anos, ainda que sem queixas, efectuar o rastreio do Cancro Colo-Rectal por colonoscopia, não só na perspectiva da detecção em fase precoce, mas também pela possibilidade de diagnosticar as lesões pré-malignas, denominadas pólipos.

Cerca de 95% das situações de Cancro do Cólon têm origem nesses pólipos e estes, ao serem diagnosticados por colonoscopia, podem de imediato ser retirados sem recorrer à cirurgia clássica.

A colonoscopia revela-se assim o exame de rastreio mais sensível e eficaz, facto que adquire maior importância quando se sabe que este tipo de cancro é o que actualmente maior mortalidade condiciona – cerca de 5000 casos/ano – em Portugal.

Nesta XXI Reunião Anual do NGHD, decorrida em Guimarães nos passados dias 17 a 19 de Novembro, concluiu-se que, no que respeita aos aspectos clínicos e técnicos endoscópicos, Portugal está ao melhor nível do que actualmente se pratica em outros países europeus.

De acordo com dados de 2003, do Instituto Nacional de Estatística, o cancro vitimou 22.711 portugueses em 2003, sendo a segunda causa de morte em Portugal, após as doenças cerebrovasculares e cardiovasculares que atingiram 28.737 pessoas.

O cancro colorrectal é a principal causa de morte por cancro, representando 14 por cento do total de mortes por cancro, seguido pelo cancro do pulmão (13,9 por cento), o cancro do estômago (11 por cento) e pelo cancro da mama (7 por cento).